Margaret Mee — Mila Petry

Margaret Mee foi uma artista botânica inglesa que se mudou para o Brasil na década de 50, se apaixonou pela natureza tropical e se especializou em plantas da Amazônia brasileira.

Infância
Margaret nasceu em 1909, em uma cidade pequena a cerca de 50 km de Londres. Devido à distância de qualquer escola, Mee estudou e foi alfabetizada em casa. Ela foi instruída pela irmã de sua mãe, uma ilustradora de livros infantis chamada Ellen Mary Churchman, que era parcialmente surda desde os quinze anos.

Já em terras tropicais
Em 1952, Margaret se mudou para o Brasil com o seu marido. Passou então a ensinar arte na Escola Britânica de São Paulo, tornando-se uma artista-ilustradora botânica pelo Instituto de Botânica de São Paulo em 1958.A partir de 1964, iniciou a sua pesquisa nas florestas tropicais brasileiras, criando mais de quatrocentas pranchas de ilustrações botânicas em guache e aquarela se tornou a ilustradora botânica mais conhecida do Brasil.

Além de realizar uma contribuição para o estudo botânico científico, Margaret pretendia armazenar na forma de suas obras o maior número possível de espécies brasileiras raras de plantas. Seu desejo era proteger e conservar essa flora tão rica que poderia vir a ser extinta devido ao desmatamento intenso nos variados biomas brasileiros.

O legado de Margaret
Os desenhos e pinturas de Margaret Mee, feitos com grande habilidade e enorme quantidade de detalhes, foram essenciais para o desenvolvimento do conhecimento botânico no Brasil. Inclusive, algumas das espécies que pintou em seu habitat natural não tinham sido identificadas ainda. Algumas delas, como a espécie Neoregelia margareteae, só são conhecidas cientificamente hoje através de suas ilustrações.

Margaret Mee foi homenageada em 1994 pela Escola de Samba Beija Flor de Nilópolis, cujo enredo era Margaret Mee, a Dama das Bromélias, assinado pelo então carnavalesco Milton Cunha.