“A arte é sobretudo a habilidade de olhar para uma coisa e enxergar outra”

Arte, engajamento e inovação: Vik Muniz é um artista contemporâneo brasileiro conhecido por seus complexos trabalhos fotográficos. Materiais incomuns, como chocolate, molho de tomate, açúcar, gel para cabelo, geleia e produtos reaproveitáveis são algumas das suas principais matérias-primas. 

Entre seus trabalhos, o artista recria obras de arte icônicas de personalidades que vão de Andy Warhol a Caravaggio e depois fotografa os resultados. Obras que registram cenas da cultura popular também compõem as suas obras.

Vik vive nos Estados Unidos desde a sua juventude. Em 2010, estrelou o documentário Lixo Extraordinário, filme indicado ao Oscar sobre catadores de lixo em um aterro sanitário do Rio de Janeiro e liderou uma série de projetos voltados para a justiça social que focam em educação no Brasil. 

A série de imagens em grande escala do projeto foi criada com a ajuda de catadores – os trabalhadores que vasculham o grande lixão do Rio em busca de materiais recicláveis. O projeto incluiu a recriação de A Morte de Marat, do artista Jacques-Louis David, a partir do lixo. Suas criações carregam uma forte preocupação social e com o futuro do meio ambiente.

Conheça abaixo algumas das suas obras geniais.

 
 

O cantor inglês, ícone do pop, membro dos Beatles, ganhou um retrato feito a partir do café. Vik Muniz consegue criar uma belíssima peça com apenas quatro elementos: o fundo liso, os grãos, as xícaras e o café pronto dentro delas. Após ser criada, a instalação foi fotografada e então exibida em mostras.

 
 
 

Para recriar a obra clássica de Leonardo da Vinci, Vik escolheu dois elementos particulares e bastante cotidianos: a geleia de uva e a manteiga de amendoim. Apenas com essas duas matérias-primas e um fundo branco liso, o artista foi capaz de dar corpo à Monalisa.

 
 
 

A série Crianças de açúcar, de 1996, foi o seu primeiro trabalho a ter repercussão internacional. Vik fotografou crianças de famílias pobres caribenhas que vivem do corte da cana e depois reconstituiu os contornos usando somente açúcar. A obra é uma referência tanto à doçura e à pureza das crianças, como ao serviço que as atrela à pobreza.

 
 
 

A capa do CD “Tribalistas”, de 2002, foi feita com calda de chocolate. O artista plástico foi convidado por Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown para dar a cara do álbum que se tornou icônico na música brasileira.

 
Mila Petryartistas1 Comment